Álvaro de campos
- Nasceu em 1890 em Tavira
- Era engenheiro mecânico e naval
- Viveu em Lisboa
- Era um homem vigiado
- De todos os heterónimos era o que tinha menos importância, destaca-se o semi-heterónimo bernardo Soares, ajudante de guarda-livros que sempre viveu sozinho em Lisboa e revela, no seu Livro do Desassossego, uma lucidez extrema na análise e na capacidade de exploração de alma humana
SÍNTESE
- Predomínio da emoção espontânea e torrencial.
- O elogio da civilização industrial, moderna, da velocidade e das máquinas, da energia e da força, do progresso.
- Um poeta virado para o exterior, que tenta banir o vício de pensar e acolhe todas as sensações.
- A ansiedade e a confusão emocional – angústia existencial.
- O tédio, a náusea, o desencontro com os outros.
- A presença terrível e labiríntica do “eu” de que o poeta se tenta libertar.
- A fragmentação do “eu”, a perda de identidade.
- O sentido do absurdo.
- A excitação da procura, da busca incessante.
Linguagem e estilo
- Verso livre e longo.
- Exclamações, interjeições, enumerações caóticas, anáforas, aliterações, onomatopeias.
- Desordem de ritmos, violência de metáforas – desespero por não poder meter as sensações nas palavras.
Entre todos os heterónimos, Campos foi o único a manifestar fases poéticas diferentes ao longo de sua obra. Era um engenheiro de educação inglesa e origem portuguesa, mas sempre com a sensação de ser um estrangeiro em qualquer parte do mundo.
Começa sua trajectória como um decadentista (influenciado pelo Simbolismo), mas logo adere ao Futurismo. Após uma série de desilusões com a existência, assume uma veia niilista, expressa naquele que é considerado um dos poemas mais conhecidos e influentes da língua portuguesa, Tabacaria.
Álvaro de Campos |
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