quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Fernando Pessoa Heterónimo (Ricardo Reis)


Ricardo Reis

  • Nasceu em 1887 no porto
  • Era médico, mas no entanto não exercia
  • Foi educado no colégio de jesuítas, recebeu uma educação clássica (latina)
  • Era um pagão intelectual, lúcido e consciente.

SÍNTESE

  • Faz dos gregos o modelo de sabedoria (visível na aceitação do destino, de forma digna e activa);
  • Opõe a moral pagã à cristã, uma vez que considera a primeira uma moral de orientação e de disciplina, enquanto a segunda se impõe como a moral da renúncia e do desapego.
  • Segue as filosofias do epicurismo, do estoicismo e do carpe diem.
  • Considera que a sabedoria consiste em gozar a vida moderadamente e através do exercício da razão.
  • Recusa as grandes emoções e as paixões por considerá-las confinadoras da liberdade.
  • É um moralista.
  • Tem consciência da dor provocada pela natureza transitória/efémera do homem.
  • Receia a velhice e a morte.
  • Dramatiza o pensamento;


Linguagem e estilo

  • É clássico ao nível do estilo;
  • Emprega monólogos;
  • Utiliza a ode e o versilibrismo;
  • Usa hipérboles, latinismos, metáforas, comparações;
  • Prefere o presente, o gerúndio e o imperativo


O heterónimo Ricardo Reis é descrito como sendo um médico que se definia como latinista e monárquico. De certa maneira, simboliza a herança clássica na literatura ocidental, expressa na simetria, harmonia, um certo bucolismo, com elementos epicuristas e estóicos. O fim inexorável de todos os seres vivos é uma constante em sua obra, clássica, depurada e disciplinada.
Segundo Pessoa, Reis mudou-se para o Brasil em protesto à proclamação da República em Portugal e não se sabe o ano de sua morte.
José Saramago, em 1887, ano da morte de Ricardo Reis continua, numa perspectiva pessoal, o universo deste heterónimo, após a morte de Fernando Pessoa, cujo fantasma estabelece um diálogo com o seu heterónimo, sobrevivente ao criador


Ricardo Reis

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